O Projeto Copa foi formulado a partir de subsídios como a pesquisa Exploração Infantil e a Copa do Mundo: estudo dos riscos e das intervenções de proteção, realizada pela professora Celia Brackenridge, da Universidade Brunel, da Inglaterra, com apoio da OAK Foundation. Segundo o estudo, alguns dos riscos referem-se ao ritmo acelerado das obras, extensão as férias escolares sem supervisão ou programação especial, trabalho infantil, deslocamento forçado em função de obras de infraestrutura, exploração sexual e tráfico humano. A pesquisa foi realizada por meio da revisão de informação disponível (cerca de 300 publicações), considerou estudos de caso e promoveu consultas a mais de 70 grupos interessados.
Deste modo, as ações preventivas para evitar que os direitos de crianças e adolescentes sejam violados, são imediatas. As ações devem passar pelo estabelecimento de coalizões de parceiros para assegurar que a proteção à infância seja prioridade e que o Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes ganhe visibilidade. A agenda comum deve incluir um monitoramento sólido e planos de avaliação, desde o início das intervenções. As crianças também devem ser envolvidas e ouvidas no projeto de prevenção. Todas as intervenções direcionadas à proteção infantil devem ser formalizadas.
O setor empresarial está sendo mobilizado para integrar as ações preventivas ligadas à Agenda de Convergência, em construção por um Grupo Intersetorial composto pelo setor público (representado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), várias organizações da sociedade civil e organismos internacionais (como Unicef e Organização Internacional do Trabalho
A Agenda de Convergência já resultou na construção de um Plano de Ação para a Copa do Mundo, no desenvolvimento de uma campanha comum (denominada “Não Desvie o Olhar”), na criação de Comitês Locais pela Proteção à Infância nas 12 cidades-sede, na equipagem mínima dos 12 Conselhos Tutelares das 12 cidades-sede e na criação de um Grupo de Trabalho de Indicadores, formado por Childhood, Unicef, Secretaria de Direitos Humanos e Fundação Itaú Social.
O Projeto Copa, especificamente, já realizou e prevê novas ações em três eixos: influenciar ações pela proteção à infância nas cidades-sede, aumentar a visibilidade da causa e engajar o setor privado na causa. Entre as ações previstas estão a contribuição para a construção dos indicadores do Plano de Ação da Agenda da Convergência, o fortalecimento dos projetos de mobilização/comunicação liderados por jovens e o desenvolvimento de campanha envolvendo, principalmente, o setor de turismo.
Iniciativa da Childhood Brasil, o Programa Na Mão Certa visa a estruturação de uma grande aliança, envolvendo os setores público, privado e sociedade civil em geral, objetivando banir a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. Em 2006 foi lançado o Pacto Empresarial Contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras, visando uma mobilização empresarial pela causa. A Arcor do Brasil foi uma das primeiras signatárias do Pacto, e é patrocinadora categoria Prata do Programa Na Mão Certa.
Instituto Arcor Brasil – www.institutoarcor.org.br
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